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18/05/2025

Podcast: Médica fala a Tati Bernardi sobre morte e saudade – 02/05/2025 – Podcasts

“Eu tenho muita pena de não ter sido mãe, mas não deu. Quando eu me dei conta, já tinha passado da hora. Mas eu plantei árvores, escrevi livros, então isso eu já cumpri.”

Margareth Dalcolmo, 70, não costuma falar de si. Mas no episódio desta sexta-feira (2) de Se ela não sabe, quem sabe?, a médica, pesquisadora e professora fala em entrevista à Tati Bernardi sobre escolhas, como a de não ter tido filhos, e também da saudade que sente do marido, que morreu há três anos, e dos pais, com quem gostaria de ter conversado mais.

Dalcolmo, pneumologista que atuou como uma das mais importantes comunicadoras na pandemia, lembra das contundentes respostas que deu naquele tempo, especialmente sobre a condução das políticas públicas, e comenta sobre o conservadorismo da classe médica.

“O que me surpreende mais, na verdade, não são as pessoas mais velhas, o que me choca é o conservadorismo entre os mais jovens. E eu vejo que muito se dá por dois fenômenos: por ignorância, de ignorar, não saber o histórico das coisas, não conhecer a gênese de um problema, seja médico ou sociológico. E a outra coisa é o preconceito. Acho que nossa cultura é violenta e preconceituosa, e isso causou muito dano na formação das novas gerações. Há uma superficialidade. Ninguém acha porque acha, tem que ter um racional.”

A médica compartilha ainda seu interesse pelo suicídio, tema que passou a estudar após casos próximos a ela, e o impacto da literatura nesse processo. E reflete sobre a perda de pessoas próximas. “Primeiro tem que viver um luto, que não tem nada de depressão”, diz. “Muitas vezes o que você mais pode fazer para ajudar uma pessoa paralisada pela dor é ser pragmática e resolver aquilo que naquele momento ela não teria condições de fazer.”

De acordo com ela, o tempo se encarrega de mudar aquele sentimento. “O tempo vai transformando a saudade, vai elaborando a saudade, vai lapidando a saudade. E ela vai ficando mais doce, menos traumática.”

Inspirado no podcast americano Wiser Than Me, apresentado por Julia Louis-Dreyfus, Se ela não sabe, quem sabe? traz conversas sobre envelhecer, recomeçar e refletir sobre o que realmente importa, reunindo histórias de mulheres com mais de 50 anos.

O podcast é publicado às sextas-feiras nas principais plataformas de áudio. O projeto é coordenado pela editoria de Podcasts da Folha e pela iniciativa Todas, com produção do Zamunda Studio.

SE ELA NÃO SABE, QUEM SABE?

ONDE Nas principais plataformas de podcast

QUANDO Sextas, às 8h



Fonte: Folha UOL

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