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23/01/2025

Por que os jovens de hoje têm maiores salários, mas estão à beira do precipício financeiro

Por: Fabio Gallo

As gerações mais novas sempre confundiram as mais velhas. Os jovens de hoje não são diferentes, mas eles têm algumas características que chamam a atenção. As gerações Y e Z estão obtendo mais renda, com maiores salários e, portanto, maior poder de compra. No entanto, grande parte dos recursos está sendo destinada a consumo, luxo, diversão e férias, mas não à construção de poupança. Essas gerações têm gastos caros.

Interessante o fato de que dão muito valor à consciência moral e à convivência, são ávidos por coisas autênticas e ao mesmo tempo mergulhados num mundo digital artificial.

Segundo reportagem do The Economist, na União Europeia são quase 125 milhões de pessoas entre 10 e 34 anos. Nos Estados Unidos são mais de 100 milhões, sendo que os gastos anuais das famílias dessas gerações ultrapassam US$ 2,7 trilhões.

No Brasil, os dados trazem que a geração Y representa 34% da nossa população total e mais de 50% da força de trabalho. São 70 milhões de pessoas. Na geração Z são cerca de 55 milhões de pessoas. Mas não podemos achar que essas duas gerações pensam da mesma forma. Há diferenças claras entre elas. A geração Z enxerga o mercado de trabalho de maneira distinta. Eles viram que os millennials tentaram dar conta de tudo e acabaram sobrecarregados. Assim, a geração mais nova busca adotar um estilo de vida sem forte pressão. A tendência é fugir de ambientes de trabalhos tóxicos e de tudo que afete o seu grau de bem-estar.

Geração Z não está fazendo investimentos para assegurar o futuro Foto: WERTHER SANTANA / ESTADÃO

O cenário econômico também ajuda a entender essa postura. Passamos por pandemias, recessões e muitos conflitos. Isto leva os jovens adultos a viver e gastar no aqui e agora. Muitos acham que não têm escolha.

Uma pesquisa da CNBC do início do ano com pessoas dessas duas gerações mostrou que 42% ganhavam mais do que há um ano, ante 27% ganhando menos. No entanto, quase metade desse grupo respondeu que não conseguiria cobrir mais de um mês de despesas se estivesse desempregada. Sendo que apenas 32% da geração Z e 37% da geração Y estão confortáveis com suas economias de emergência.

Mas, em meio a tudo isso, outras pesquisas mostram que há expectativa de que um quarto das pessoas ricas passe suas fortunas adiante na próxima década, acumulando mais riqueza às novas gerações.

Uma pesquisa da Altrata revela que os indivíduos com patrimônio líquido de US$ 5 milhões ou mais – mais de 1,2 milhão de pessoas – devem transferir algo como US$ 31 trilhões nos próximos dez anos.

Esse cenário traz implicações importantes para a indústria financeira, para empresas, mas principalmente para as famílias. Essas gerações podem estar quebradas e complicadas, mas fazendo o seu caminho. Isso é o que importa.

Fonte: Estadão

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