Danielle Brant
Apesar de a oposição ter protocolado o requerimento que pode acelerar o projeto que anistia envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), diz que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), não vai pautar a urgência.
“Existem 2.245 projetos que têm assinaturas para urgência. Esse vai ser o 2.246. Então não significa nada. O Hugo [Motta] não vai pautar”, afirma. Segundo ele, há um acordo na reunião de líderes partidários para que só se pautem requerimentos de urgência consensuais —o que não é o caso.
Lindbergh também afirma que a oposição “correu” para protocolar o requerimento com receio de perder as assinaturas, em meio a um movimento de deputados para retirar o nome da lista —como ocorreu com a deputada Helena Lima (MDB-RR).
“O deputado [Sóstenes Cavalcante, líder do PL] começou a ver uma retirada. Muita gente estava achando que era a anistia para o 8 de janeiro e, quando viu, era para o Bolsonaro. Tem gente que é do governo também”, disse. Como mostrou a Folha, o teor do projeto de anistia não está claro.
O líder do PT defende que parlamentares de partidos da base governista peçam a retirada da assinatura, mesmo que isso não tenha efeito prático de cancelar o requerimento de urgência já protocolado. “É uma coisa mais simbólica, para provar que não existe maioria absoluta sobre o tema. Isso ajudaria a reforçar a posição do Hugo de não pautar”, ressalta. “Não existe maioria na Casa para isso.”
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