A Diretoria de Arte, Cultura e Integração Comunitária (Dacic), da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), da Ufac, em parceria como o curso de Licenciatura Indígena, realizou o 3º Seminário dos Acadêmicos Indígenas do Acre, com o tema “A Arte como Expressão de Cultura e Conhecimento dos Povos Originários”. O evento, que contou com a participação de 16 povos indígenas do Acre, ocorreu em 21 e 22 de novembro, no campus Floresta, em Cruzeiro do Sul.
A solenidade de abertura ocorreu no teatro Moa, com a presença do pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, que representou a Reitoria. “É possível e necessário o conhecimento tradicional estar na universidade e andar de mãos dadas com a ciência. Essa é uma maneira de fortalecer nossas raízes”, disse. “Vamos incluir esse evento no calendário acadêmico da Ufac no próximo ano, aprimorar sua construção e divulgação, pois precisamos fortalecer nossa cultura.”
A programação do seminário contou com mesas-redondas, rodas de conversa, apresentação de trabalhos e participação de artistas indígenas, alunos do curso. Na sexta-feira, 22, foram apresentados 62 trabalhos por estudantes do campus Floresta, campus-sede (Rio Branco) e do núcleo da Ufac em Feijó.
O evento de extensão está ligado ao Programa de Apoio e Integração dos Povos Originários junto à Ufac, sob coordenação de Fabiana Nogueira Chaves, que trabalhou na construção do seminário com 15 bolsistas indígenas; a coordenadoria acadêmica ficou a cargo do professor Amilton Mattos.
Exposição de arte
Como evento simultâneo, o seminário teve uma exposição de arte do projeto de extensão Arte como Conhecimento Indígena, coordenado pelo professor Amilton Mattos. O projeto trabalhou, durante o segundo semestre, com dez bolsistas indígenas, que são artistas e produziram diversas obras de arte que ficaram expostas no hall do teatro Moa e na entrada do bloco de Licenciatura Indígena, o qual teve um mural pintado em uma de suas paredes.
“Esse mural vem trazer uma identidade para o bloco da Licenciatura Indígena, valorizando uma das formas mais expressivas de saber dos povos originários, que é a arte”, afirmou Mattos.