Guilherme Luis
Nem todo mundo pôde ir de VIP no show de Lady Gaga em Copacabana. Aliás, foram poucos os felizardos. A parte mais parruda do público, que não recebeu nenhum convite especial, precisou achar um canto qualquer na praia. E ver o show pelo telão.
Está aí o problema. As imagens exibidas nos espalhados pela areia, distribuídos pela extensão toda da praia, tinham um atraso de vários segundos em relação ao som que saía das caixas de som. Tudo estava dessincronizado, o que estragou a experiência de quem não estava colado no palco. Ou seja, quase todo mundo.
Foi um erro técnico amador, indigno de um show que prometia ser o mais importante do ano. E tinha tudo para ser. Lady Gaga faz uma performance teatral, monumental, monstruosa, do tamanho que ela sempre teve. Gaga é a maior estrela pop do seu tempo, e foi injustiçada na sua rara visita ao país.
Enquanto Gaga agradecia aos brasileiros, dizendo que não via a hora de voltar, o telão mostrava ela momentos antes. Era esquisito e decepcionante não entender o que acontecia de verdade ali, ao vivo.
O público no fundo da praia, tendo de se contentar com os telões, sem um vislumbre do palco, teve a experiência estragada. Foram meses de espera por Gaga, muita propaganda pelo show e um resultado muito aquém do esperado. Era melhor ter visto na TV, sem dor nas pernas e areia acumulada no tênis.
