Por Reginaldo Palazzo – Quem transita pelas ruas de Tarauacá além dos costumeiros problemas que há décadas causam transtornos aos motoristas, se depara com a falta de vagas para estacionar seu veículo na cidade, principalmente no centro e em horário comercial, prejudicando não só trabalhadores da iniciativa privada, mas também servidores e o comércio em geral.
Aumento do número de veículos
A estatística comprova. Somente nos últimos 12 meses houve um crescimento de 6.708% no número de veículos em Tarauacá.
Um rápido levantamento que fiz em 2009 nos mostrava que haviam em Tarauacá 2.059 veículos, sendo 500 automóveis e 1.559 motocicletas.
Hoje, com um relatório oriundo do DETRAN/TK (imagem acima), contemplando a frota de veículos em circulação já chegamos a 7.060 veículos no nosso município, um aumento de 342%!
Comércio prejudicado
Não obstante os aumentos de preços dos produtos que por si só esvazia os corredores dos supermercados, com a crescente queda em faturamento, a falta de vagas para uma melhor mobilidade prejudica o empresário que vê seu cliente procurando outro estabelecimento que disponibiliza estacionamento.
Outro problema, uma sociedade egoísta
Isso nos leva a outro problema que é de motoristas mal educados que não conseguem estacionar de maneira que não prejudique outro, tomando sem modéstia e mostrando toda uma vaidade ilusória, duas vagas ao invés de uma. O “cidadão” se é que merece ser chamado assim, para seu carro de qualquer jeito lotando um estacionamento que se tivesse o mínimo de educação, estaria disponibilizando mais uma ou duas vagas para os outros poderem estacionar.
Alguns números que parecem ser altos como, por exemplo, os de aluguéis, advém de pedidos solicitados ao executivo municipal e que depois de usufruído é deixado de dar baixa no referido órgão.
No verão o “negócio” esquenta mesmo
Devemos lembrar que esses dados não incluem aumento de veículos que transitam na cidade no verão (estiagem), onde o trânsito se agrava, pois a cidade se enche de carros de vendedores, empresários, e órgãos de governos estaduais e federais a trabalho.
Autossabotagem
Se por um lado o comércio é prejudicado, ele também consegue se autoprejudicar.
Comércios onde poderiam disponibilizar vagas para seus clientes ignoram essa possibilidade fazendo calçadas homéricas inclusive desobedecendo completamente o plano diretor da cidade.
Algumas calçadas parecem personificar o espírito de perseverança tarauacaense, verdadeiros autos e baixos.
Basta tentar andar naquela calçada perto da D’longui e os Correios.
Outra, é a calçada do João Ribeiro, não dá pra entender aquela altura em um lugar que nem alaga.
Uma ação atenuante dessa situação seria estacionar a 45º, mas isso depende de uma equação que só as autoridades podem ser inseridas para chegar a um consenso.
