Por: Guilherme Seto
A jornalista Cristina Graeml (PMB), candidata à Prefeitura de Curitiba, apresentou em seu programa de governo o que chama de “passagem proporcional” de ônibus, segundo a qual a cobrança dos bilhetes seria feita de acordo com a distância percorrida pelos passageiros.
Em 2012, o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos) apresentou a mesma ideia na reta final da disputa do primeiro turno pela Prefeitura de São Paulo. A proposta teve recepção negativa e contribuiu para que ele, que chegou a liderar as pesquisas de intenção de voto, não passasse para o segundo turno.
As críticas eram de que a mudança faria com que pessoas mais pobres, que vivem longe do centro, pagassem tarifas mais caras que os demais.
“Buscaremos a implementação de cobrança de passagens proporcionais ao uso do transporte público, incentivando o uso racional e garantindo maior justiça tarifária”, diz o programa de governo de Graeml.
Em entrevista ao podcast Inusitável em setembro, ela disse que “não é justo” quem atravessa a cidade de um ponto extremo a outro pagar o mesmo que aquele que faz percursos mais curtos.
“O que eu acho que dá para fazer, que lugares do mundo fazem e que a tecnologia resolve? Na hora que você vai comprar a passagem na maquininha, você já diz ‘eu vou do Batel ao Centro Cívico’. Opa, três quilômetros, vai custar tanto. Preço por quilômetro rodado”, disse.
“‘Mas vai ser injusto, porque quem mora na região metropolitana tem menos poder aquisitivo, tanto que usa ônibus e precisa rodar mais’. Mas é uma escolha tua. Se você quer morar na região metropolitana e trabalhar na capital, você vai ter que se deslocar por um período maior e um percurso maior. Não é justo que quem anda pouco pague quem anda muito”, completou.
No caso da população mais pobre, disse a candidata na mesma entrevista, o governo pode subsidiar as passagens, com ajuda da iniciativa privada.
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.