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23/05/2025

Carcass faz show de altíssima voltagem em São Paulo – 16/05/2025 – Ilustrada

João Perassolo

Cerveja pelos ares, casaco voando e fãs sendo carregados ao alto pela plateia. Essas imagens dão uma ideia do clima do show do Carcass, nesta quinta (15), no Carioca Club, em São Paulo. Foi a segunda vez que a banda britânica de metal extremo tocou no Brasil em pouco mais de um ano, mas agora a animação era bem maior, porque o público estava na casa de shows exclusivamente para ver o grupo.

No ano passado, o quarteto se apresentou para um público dezenas de vezes maior no festival Summer Breeze, mas a própria natureza do evento indica que muita gente estava lá para curtir outras bandas, de modo que a energia intensa de um clube, quando há o casamento da banda e da plateia pelo tempo de duração do show, não pode ser replicada com a mesma euforia num festival.

Ao vivo, os discos do Carcass fazem mais sentido —o exímio técnico característico da banda, que alguns fãs acham enfadonho de ouvir nos fones, ganha dinamismo quando executado no palco.

Já na primeira música do show, “Unit for Human Consumption”, a banda mostrou seu amplo repertório estético, numa faixa que passeia por vários tipos de música pesada: começa “thrash metal”, vira “death” e depois passa pelo hardcore, com direito a um solo de guitarra no meio do caminho.

É fácil compreender, portanto, como a maestria na costura de diferentes gêneros musicais em porradas de alguns minutos tornou o Carcass uma das bandas mais importantes da história do metal, capaz de agradar tanto aos “headbangers” tradicionais em busca de peso quanto os punks e skatistas que curtem canções velozes, cheias de adrenalina. Eram esses, a propósito, os dois públicos do show.

Em cerca de uma hora e 20 minutos de apresentação, o vocalista Jeff Walker interagiu pouco com a plateia e a banda praticamente emendava uma música na outra, sem deixar o medidor de decibéis abaixar muito de 100, o mesmo nível de barulho de uma motosserra —o volume máximo, afinal, era o que todos queriam.

Quando Walker se dirigia aos fãs, era para pedir para as pessoas levantarem os braços e gritarem “hey!” nas músicas com guitarras melódicas, como foi o caso de “Buried Dreams”, faixa de abertura do disco “Heartwork”, de 1993, o principal do grupo. Palminhas num show de metal extremo podem parecer um contrassenso, mas neste funcionavam muito bem.

A casa de shows do bairro de Pinheiros, com capacidade para 1.200 pessoas, estava cheia mas não lotada, o que de forma alguma influenciou na energia do show, dado que as rodas de pogo ficavam maiores a cada música. Era como se os fãs tivessem sido postos dentro de um liquidificador ligado na potência máxima pela banda —e saíssem de lá moídos e felizes.



Fonte: Folha UOL

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