De olho no lucro e no controle de danos, grandes companhias mundiais agora querem priorizar a felicidade dos funcionários. Surgiu aí o diretor de Felicidade, para assumir o novo cargo. Esse profissional deve observar a equipe, identificar demandas, adotar medidas para o bem-estar coletivo e a qualidade de vida.
Fora do Brasil ele é chamado de Chief Happiness Officer (CHO), que em português já virou diretor de felicidade. A ideia é adotar estratégias que colaborem para a organizacional positiva da empresa. Esse profissional deve ser uma pessoa já formada, em áreas afins à empresa, ter mais de 30 anos e os salários variam de R$ 23 a 31 mil.
Para o coordenador do curso de Neurociência, Psicologia Positiva e Mindfulness da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Kleber Candioto, essa preocupação é excelente porque melhora o bem-estar e o ambiente no trabalho.
Em adaptação no Brasil
Milton Marinho, CEO da Avante Desenvolvimento Organizacional, disse que esse novo modelo de gestão que insere o diretor de felicidade ainda está em adaptação no Brasil. “Na maioria dos casos, a função está inserida nas áreas de desenvolvimento humano e organizacional ou ainda nas diretorias de cultura e contexto”, afirmou o especialista ao Estado de S. Paulo.
De acordo com Marinho, um CHO ou cargo similar pode ganhar R$ 23 mil atuando em companhias de médio porte. Em grandes empresas, o valor pode chegar até R$ 31 mil.
Jelson Oliveira, coordenador do curso de Graduação 4D de Gestão da Felicidade e Projeto de Vida da PUCPR, acredita que aumentará a procura pela especialização. Mas ele chama a atenção para o perfil: pessoas entre 30 e 50 anos, que já têm graduação, em distintas áreas Educação Física, Medicina e Psicologia, por exemplo.
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Tempos de mudanças
Aos 45 anos, Denize Savi assumiu há dois anos o cargo de Chief Happiness Officer da Chilli Beans. Formada em jornalismo há mais de 25 anos, ela é especialista em Ciência da Felicidade com MBA em Psicologia Positiva, Neurociência e Comportamento.
A ação da empresa envolve o monitoramento contínuo do bem-estar e da felicidade dentro do ambiente de trabalho.
“Mensalmente, a gente também se reúne com os líderes para saber onde há uma oportunidade de trabalhar melhor o engajamento desse time”, afirmou. “A gente reúne todo mundo, dá bonificação, todo mundo comemora, e é uma festa mesmo.”
Riscos e ameaças
A partir de maio deste ano, as empresas serão obrigadas a incluir avaliações de riscos psicossociais na gestão de Segurança e Saúde no Trabalho. A obrigatoriedade faz parte da atualização da Norma Regulamentadora 1 (NR-01) do Ministério do Trabalho.
Segundo os especialistas, os profissionais passarão a observar outros aspectos na empresa, além do salário. Serão considerados, por exemplo, conteúdo das tarefas, horário de trabalho e flexibilidade.
Para eles, a Covid-19 e o momento de confinamento levaram a reflexões sobre o ambiente de trabalho e novas perspectivas de vida.
Com a Covid-19 e o confinamento, mudaram as perspectivas sobre ambiente de trabalho e felicidade passou a ser requisito fundamental. Foto: Freepik
Fonte: Só Notícias Boas