Primeira-Ministra Italiana Rejeita Reconhecimento Precoce do Estado Palestino, Divergindo da França

Roma, Itália – A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, declarou que o país não seguirá a decisão da França de reconhecer o Estado da Palestina na Assembleia Geral da ONU, marcada para setembro de 2025. Em entrevista ao jornal La Repubblica no último sábado (26), Meloni expressou apoio à ideia de um Estado palestino, mas destacou que o reconhecimento formal antes de sua efetiva consolidação não é a abordagem adequada. “Apoio a criação de um Estado palestino, mas reconhecer algo que ainda não existe plenamente pode dar a falsa impressão de que o problema está resolvido”, afirmou.

A posição italiana contrasta com a decisão da França, que anunciou recentemente sua intenção de reconhecer a Palestina como Estado soberano, seguindo o exemplo de países como Espanha, Noruega e Irlanda.

A iniciativa francesa gerou reações críticas de Israel e dos Estados Unidos, que defendem que tal reconhecimento deve ser fruto de negociações diretas entre as partes envolvidas. O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, reforçou a visão de Meloni, enfatizando a necessidade de um acordo mútuo entre Palestina e Israel para que o reconhecimento seja viável. “A solução de dois Estados é o objetivo, mas deve ser construída com diálogo e reciprocidade”, disse Tajani.

A postura da Itália reflete a cautela do governo Meloni em relação a questões geopolíticas sensíveis, buscando equilibrar o apoio à causa palestina com a manutenção de relações estáveis com Israel e aliados ocidentais. A decisão também sinaliza a intenção da Itália de manter uma abordagem pragmática, priorizando negociações que levem à criação de um Estado palestino funcional antes de gestos simbólicos.

Enquanto o debate internacional sobre o tema ganha força, a posição italiana pode influenciar outros membros da União Europeia a adotarem uma linha mais reservada, destacando a complexidade do conflito e a necessidade de soluções negociadas. A próxima Assembleia Geral da ONU será um momento crucial para observar como os países europeus se posicionarão diante dessa questão.

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