Luís Curro
O Campeonato Brasileiro de 2025, que dá a largada neste fim de semana, poderá desfilar pelos gramados 138 jogadores que possuem nacionalidade estrangeira. São 18 os países representados, sem contar o Brasil.
A consulta do blog aos elencos dos 20 clubes da Série A foi feita no site Soccerway, que lista todos os atletas pertencentes às agremiações e suas respectivas cidadanias.
A maioria quase absoluta dos forasteiros é de sul-americanos: 121. Entre os mais conhecidos estão o uruguaio De Arrascaeta, do Flamengo, o paraguaio Gustavo Gómez, do Palmeiras, o argentino Calleri, do São Paulo, e o equatoriano Enner Valencia, do Internacional.
Os europeus somam 14 (seis deles portugueses), e da maioria quase não se ouviu falar, ou você conhece o suíço Maxime Dominguez, do Vasco, e o português João Silva, do Sport? Os mais famosos são o holandês Memphis Depay, do Corinthians, o dinamarquês Braithwaite, do Grêmio, atacantes, e o meia francês Payet, do Vasco.
Representam a África três jogadores, dois deles angolanos (o zagueiro Bastos, do atual campeão, o Botafogo, e o atacante Loide Augusto, do Vasco) e um da República Democrática do Congo (o atacante Bolasie, do Cruzeiro).
Dentre os da América do Sul, a predominância, com folga, é de argentinos. São 46, e apenas quatro equipes não contam com ao menos um no elenco: Bragantino, Juventude, Mirassol e Vitória. O Fortaleza aposta forte neles: são sete, além do treinador Juan Pablo Vojvoda.
O Mirassol, estreante na elite, não apenas não tem argentino como não tem absolutamente ninguém de fora. Cem por cento de seu plantel é nacional. E só o time do interior paulista é assim.
O participante com mais gringos é o Vasco, 12, seguido por Corinthians e Grêmio. O time cruz-maltino apresenta, ao lado do alvinegro paulistano, o maior número de nacionalidades, tendo jogadores que representam oito nações distintas.
Dos 138 futebolistas forasteiros que constam nos clubes da Série A, 99% atuam na linha. Há somente dois goleiros: o uruguaio Rochet, titular do Internacional e da seleção de seu país, e o argentino Rossi, titular do Flamengo.
Arquirrival do Inter, o Grêmio pretende vazar Rochet e goleiros dos outros 18 oponentes no Brasileiro com uma artilharia pesada vinda de fora. Das sete opções que o treinador Gustavo Quinteros (boliviano nascido na Argentina) tem para o ataque, só uma é brasileira.
Os clubes possuírem muitos estrangeiros não significa que todos eles irão a campo, seja por opção dos treinadores, seja pelo regulamento do Brasileiro, que diz que o número máximo de atletas internacionais que cada time pode relacionar para um jogo é nove.
O Vasco, mesmo contando com uma dúzia de gringos, começou a partida de volta da semifinal no Estadual do Rio (eliminação ante o Flamengo) com somente três. Já o Corinthians, na partida decisiva do Paulista (campeão contra o Palmeiras), escalou no 11 inicial nada menos que seis estrangeiros.
Em relação aos treinadores, os de fora se constituem, por pouco, em minoria. Das 20 equipes da Série A, nove são dirigidas por não brasileiros, de três nacionalidades: portuguesa (cinco técnicos), argentina (três) e boliviana (um).
Nos últimos três Brasileiros, o campeão teve no comando um treinador gringo, sempre português: Palmeiras, em 2022 e 2023 (Abel Ferreira), e Botafogo, em 2024 (Artur Jorge).
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