O mais recente relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) sobre pobreza multidimensional na infância e adolescência revelou que, em 2023, 88,1% das crianças e adolescentes do Acre viviam em situação de privação de direitos fundamentais. Embora o índice tenha apresentado leve melhora em relação a 2019, quando o estado registrava 88,6%, o Acre ainda figura entre os piores resultados do país, ao lado de outros estados do Norte e Nordeste.
A análise abrangeu fatores como acesso à educação, saúde, moradia adequada e saneamento básico, excluindo a dimensão monetária para evidenciar carências estruturais. O relatório destacou também que, em números absolutos, o estado tinha cerca de 135 mil crianças e adolescentes vivendo com algum tipo de privação em 2023.
O estudo trouxe à tona as disparidades regionais no Brasil, com estados do Sul e Sudeste apresentando índices significativamente menores, como Santa Catarina, onde apenas 31,8% das crianças estavam em situação de privação. Já no Norte e Nordeste, o quadro é crítico: estados como Maranhão e Pará superam os 90% de crianças em situação de pobreza multidimensional.
O relatório do Unicef sublinha que, apesar das reduções nos índices nacionais de pobreza infantil, o progresso no Norte do país, incluindo o Acre, tem sido mais lento e desigual.
Ac24Horas
