A Ufac e o Movimento Negro Unificado (MNU) realizaram a primeira plantação simbólica do projeto Baobá: Fortalecendo Raízes de Resistência. A ação ocorreu na sexta-feira, 14, em frente ao Centro de Arqueologia e Antropologia Indígena da Amazônia Ocidental, no campus-sede, e reuniu pró-reitores, professores, servidores, estudantes e integrantes do MNU, além de representantes do movimento negro estadual e nacional.
Presente no evento, a reitora Guida Aquino ressaltou a importância do projeto para a universidade, destacando que a ação reafirma o compromisso institucional com a igualdade racial. “A universidade já avançou em políticas afirmativas, como as cotas, mas precisamos continuar demarcando esse espaço de luta e resistência. O baobá representa história, ancestralidade e, acima de tudo, uma sociedade menos desigual.”
Ela explicou ainda que o local escolhido para a plantação foi estratégico. “Optamos por um ponto visível, próximo à BR-364, para que todos que passarem possam lembrar que hoje, 14 de março de 2025, a Ufac reafirma seu compromisso com a memória e a luta do povo negro.”
A secretária do MNU-Acre, Júlia Feitoza, reforçou que o projeto está sendo levado a diversas universidades do país. “Estamos promovendo essa ação em várias instituições para fortalecer a memória da cultura africana no Brasil. A presença do baobá na Ufac representa essa resistência e o fortalecimento das nossas raízes.”
Para a coordenadora de formação do MNU-Acre, Jaycelene Brasil, a plantação do baobá no campus universitário marca um momento de reconhecimento e valorização da cultura afro-brasileira. “Esse momento traz reconhecimento e fortalece a memória das nossas histórias”, disse. “O baobá é símbolo de perseverança, longevidade e resistência, elementos fundamentais na luta pelos direitos da população negra, que representa 56% do Brasil e 74% do Acre.”
A presidente do Tribunal de Contas do Estado do Acre, Dulcinéa Benício, destacou que o ato simboliza resistência e compromisso com o enfrentamento à desigualdade racial. “Este momento representa o compromisso de enfrentarmos a exclusão e o preconceito. O baobá carrega a ancestralidade de gerações que lutaram e resistiram, e essa luta continua.”