O Observatório Europeu do Sul (OES) avistou o objeto em 1980, mas pensou-se que fosse uma estrela. Não foi identificado como um quasar até o ano passado. Observações feitas por telescópios na Austrália e no deserto do Atacama, no Chile, garantiram isso.
“É uma surpresa que ele tenha permanecido desconhecido até hoje, quando já conhecemos cerca de um milhão de quasares menos impressionantes. Ele tem estado literalmente à nossa frente até agora”, disse Christopher Onken, um dos astrônomos da Universidade Nacional Australiana, que trabalha nas observações do VLT, à BBC.
O termo quasar é usado para descrever uma galáxia com um núcleo muito ativo e energético. O buraco negro no centro dessa galáxia está puxando matéria para si a uma velocidade impressionante, segundo os cientistas.
À medida que esse material é acelerado ao redor do buraco, ele se despedaça e emite uma enorme quantidade de luz, tanto que até mesmo um objeto tão distante como o J0529-4351 ainda é visível para nós.
A emissão desse quasar demorou 12 mil milhões de anos para chegar aos detectores do VLT. Os cientistas dizem que a energia emitida torna o quasar 500 trilhões de vezes mais luminoso que o Sol.