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01/06/2025

Como estimular o cérebro no processo de envelhecimento? – 04/05/2025 – Equilíbrio

Melinda Wenner Moyer

Quando Jennifer O’Brien, psicóloga que estuda a prevenção da doença de Alzheimer na Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos, dá palestras, ela conta que frequentemente lhe perguntam se atividades como palavras cruzadas podem evitar o declínio cognitivo relacionado à idade. “É a pergunta número 1”, diz.

A ciência que define se atividades cerebrais específicas são benéficas, ou se algumas são mais eficazes que outras, é limitada e difícil de avaliar. Mas certos tipos de estímulos podem fortalecer as habilidades cognitivas à medida que envelhecemos.

O que a ciência sugere

Poucas pesquisas foram realizadas sobre uma atividade específica de estimulação cerebral, como um quebra-cabeça ou um jogo de palavras, por si só, pode afetar a perda de memória. E os estudos que existem são difíceis de interpretar.

No entanto, vários levantamentos concluíram que pessoas que se envolvem regularmente em atividades cognitivamente estimulantes, em geral, têm menos probabilidade de sofrer perda de memória em comparação com pessoas que não fazem nada. Normalmente, essas análises incluem diversos tipos de estímulos, como leitura, jogos de tabuleiro, escrita e artesanato.

Escolha a atividade certa

À medida que as pessoas envelhecem, a memória episódica —a capacidade de se lembrar de eventos e experiências passadas— tende a diminuir. Mas a memória semântica —a capacidade de se lembrar de palavras, conceitos e números— geralmente continua a se fortalecer. Ao decidir qual atividade cognitiva pode ser mais útil, é importante pensar nas atividades que envolvem as habilidades com as quais se tem dificuldade, diz Joyce Gomes-Osman, fisioterapeuta e neurocientista.

Se as dificuldades forem com habilidades visuais ou espaciais, quebra-cabeças relacionados a formas, como tangrams podem ajudar. Para melhorar a coordenação motora fina, o bordado pode ser uma boa opção.

Entenda o contexto geral

Ao pensar em estratégias para prevenir o declínio da memória relacionado à idade, especialistas recomendam ampliar a perspectiva e considerar outros fatores que podem desempenhar um papel. Em 2024, a Comissão Lancet sobre prevenção, intervenção e tratamento da demência estimou que 45% dos casos de demência são potencialmente preveníveis por meio do tratamento de 14 fatores de risco principais. Entre eles, estão a inatividade física, a obesidade, a pressão alta, a perda auditiva e a depressão.

Como muitos aspectos do estilo de vida influenciam o risco de perda de memória, os especialistas geralmente não sugerem uma única abordagem para estimular o cérebro. Em vez disso, combiná-las com diferentes alternativas, “como exercícios físicos, engajamento social e uma alimentação saudável”, diz Greg Cooper, neurologista e diretor do Centro de Memória do Instituto Norton de Neurociências.



Fonte: Folha UOL

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