“O debate que deve permear essa eleição para escolha do dirigente máximo do município no dia 6 de outubro, creio que não é se o candidato ou candidata é de esquerda, centro ou de direita. Na eleição municipal isso é quase irrelevante. A não ser alguém extremista radical de qualquer que seja a ideologia com discurso de ódio ou coisa parecida.
O que a população quer saber dos candidatos ou candidatas que se propõem a governar o município, é o que eles podem fazer para melhorar as condições de vida dos tarauacaenses, sejam eles da esfera social que for. O município é de todos.
Queremos saber se a próxima pessoa que vai governar o município tem condições de montar um bom grupo de secretários, assessores e demais gestores, com capacidade de elaboração de políticas públicas para ajudar o povo. Captar muitos recursos fora do município. No governo do estado, no governo federal e até fora do país. Com projetos estruturantes, coerentes, de impacto socioambiental positivo.
Alguém que tenha capacidade de se relacionar e dialogar com o povo. Potencializar e fortalecer suas representações jurídico-populares como sindicatos, associações comunitárias, ongs, órgãos representativos dos pequenos, médios e grandes empresários, produtores, profissionais autônomos e outros setores.
Que possa ver o esporte em suas diversas modalidades, tendo sua própria secretaria municipal e que venha priorizar e potencializar a formação com escolinhas de base e ultrapasse a velha prática de só realizar campeonatos (eventos).
Tarauacá precisa ter uma grande secretaria de cultura e turismo. Além de promoção de eventos e ornamentação de espaços das atividades oficiais, gerenciamento e de recursos das leis de incentivo à cultura estadual e federal, precisamos ter nossa própria lei municipal de incentivo a cultua com foco na formação cultural de nossas crianças. No turismo somos um município com grande potencial.
Tarauacá precisa de uma gestão com alguém que tenha capacidade cognitiva e possa exercer uma liderança político-pedagógica para dialogar com o contraditório e não agir como negacionista das opiniões divergentes das suas. Um prefeito ou prefeita ao se eleger passa a ser filiado ao partido do povo. Sua sigla partidária deve ser TARAUACÁ. O povo em sua maioria não vota em partidos.
Precisamos de alguém na prefeitura que respeite cada vereador como legítimo representante do povo. Antes da relação política partidária com parlamentar (meu amigo X meu inimigo) é preciso ter a chamada relação institucional. É bom para todos. Governo sério não ‘põe’ vereador ou vereadora “debaixo do braço” e o privilegia com cargos na prefeitura. ‘Engessa’ o mandado do vereador e gasta o dinheiro público para comprar apoio político. “O vereador vai querer sempre mais um ‘pokim”.
Tarauacá tem quase 500 quilômetros de ramais. Tem os rios Tarauacá, Muro, Acuraua, Gregório, Tauari e Liberdade. As populações dessas regiões incluindo os indígenas que somam individualmente para a definição da receita do município, especialmente os repasses do governo federal, precisam participar da discussão da distribuição justa desses recursos.
Depois volto para sugerir as bases de um plano de governo”.
Por Raimundo Accioly