China promete mais incentivos, mas não detalha pacote – 12/10/2024 – Mercado



Por: Joe Leahy, Edward White

A China anunciou neste sábado (12) que irá emitir mais dívidas para impulsionar o mercado imobiliário, recapitalizar bancos e ajudar governos locais com dificuldades financeiras, enquanto busca tranquilizar investidores sobre seus esforços para impulsionar a economia.

Ao anunciar as medidas em uma entrevista coletiva em Pequim, o ministro das Finanças, Lan Fo’an, deu poucos detalhes sobre o montante de financiamento, mas sugeriu que o governo planeja mais medidas de estímulo para sustentar o crescimento.

“Nossa ajuste contracíclico vai muito além do que mencionei”, disse Lan aos repórteres, acrescentando que mais medidas estavam em discussão. “O governo central, quando se trata de aumentar o déficit e a dívida, tem espaço significativo.”

Os mercados estão aguardando sinais de que Pequim aumentará os gastos fiscais para apoiar os planos de estímulo monetário, em meio a dúvidas persistentes sobre a força da segunda maior economia do mundo.

As ações na China despencaram nesta semana depois que autoridades estatais realizaram uma entrevista coletiva sobre a economia, mas não deram detalhes sobre um apoio fiscal mais robusto.

Lan disse que Pequim emitiria títulos para permitir que governos locais comprassem terras ociosas de incorporadoras, bem como algumas das milhões de novas casas não vendidas na China. O governo também emitirá um título de propósito especial para ajudar grandes bancos a reabastecer capital, o que aumentaria a capacidade de conceder empréstimos.

Pequim também dará mais ajuda a grupos como estudantes e pessoas de baixa renda, disse Lan.

O Ministério das Finanças não pode anunciar montantes específicos de estímulo fiscal adicional até que sejam aprovados pelo parlamento da China, o Congresso Nacional do Povo. A próxima comissão permanente é esperada nas próximas semanas.

Os esforços de estímulo do governo seguem a queda na confiança dos consumidores e do mercado de ações devido à prolongada desaceleração do setor imobiliário e repressões estatais em setores como comércio eletrônico e finanças.

Após meses de medidas incrementais para sustentar a demanda doméstica em declínio, Pequim mudou de rumo repentinamente no final de setembro, com o banco central lançando o maior estímulo monetário da China desde a pandemia.

As medidas, que incluíram amplo apoio aos mercados de ações e imobiliário, elevaram o índice de referência CSI 300 em 24% antes de um feriado de uma semana. Mas os mercados caíram novamente na reabertura nesta semana após a decepção com a coletiva dos planejadores estatais.

Alicia García-Herrero, economista-chefe para Ásia-Pacífico da Natixis, disse que era difícil entender por que Pequim não estava agindo de forma mais contundente ou fornecendo mais clareza sobre os planos de gastos. “Não acho que isso vá levantar o mercado massivamente”, disse ela após as falas de Lan.

As políticas do Ministério das Finanças sobre a redução da dívida dos governos locais e a estabilização do mercado imobiliário eram sólidas do ponto de vista macroeconômico, mas o mercado estava buscando mais, disse Raymond Yeung, economista-chefe para a Grande China do ANZ.

“Acho que o mercado ficará desapontado”, disse Yeung. “Todos estavam procurando um número, mas o ministro das finanças não nos deu um.”

Ele disse que o ministério poderia ter oferecido uma proposta de despesa a ser confirmada pelo NPC.

Heron Lim, economista da Moody’s Analytics, disse que resgatar governos locais os ajudaria a aumentar os gastos, impulsionando a economia.

Mas, sem um número para o pacote de estímulo do governo central, os investidores podem dar “um passo atrás até que tenham absoluta certeza da direção que o apoio fiscal está tomando”, disse ele.

No entanto, Andy Rothman, estrategista de investimentos do fundo Matthews Asia, disse que a série de entrevistas coletivas das autoridades indica uma “mudança fundamental” na economia pelo líder da China, Xi Jinping.

“Xi entende que a resposta política deve ser significativa se for para restaurar a confiança entre consumidores e empreendedores. Levará tempo, mas uma recuperação na confiança provavelmente está no horizonte”, disse Rothman.

Lan disse que uma das áreas mais significativas de novos gastos será aliviar o fardo da dívida dos governos locais. Muitos dependem fortemente do setor imobiliário e indústrias relacionadas para receita.

“Esta política que está por vir será uma das maiores nos últimos anos no enfrentamento dos riscos da dívida”, disse Lan, acrescentando que aumentaria a confiança ao ajudar os governos locais a pagar salários e outras contas.

Economistas estimaram que a China precisa gastar até 10 trilhões de yuans (US$ 1,4 trilhão) ao longo de dois anos em medidas de estímulo adicionais para reaquecer a economia, acrescentando que grande parte disso precisa ser direcionada às famílias para sustentar a demanda doméstica.



Fonte: Estadão

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