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A resposta da Enel ao apagão causado pelo temporal da última sexta-feira (11) ficou abaixo do esperado, e a companhia ainda não tem um prazo definido para restabelecer completamente o fornecimento de energia elétrica aos consumidores afetados na cidade de São Paulo e na região metropolitana.
As informações foram divulgadas neste domingo (18) após reunião da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo) com empresas distribuidoras de energia realizada em São Paulo.
O encontro foi convocado em meio a uma troca de acusações entre o Ministério de Minas e Energia, o governo de São Paulo e a prefeitura da capital paulista por causa do apagão que deixou mais de 2 milhões sem energia na cidade e na Grande São Paulo.
Parte da resposta não adequada se deve à demora da companhia para chegar aos 2.500 agentes em campo para restabelecer o serviço, número previsto no plano de contingência apresentado pela empresa.
Até este domingo são 1.800 agentes em campo, e, nesta segunda (14), segundo o diretor-presidente da Enel, Guilherme Lencastre, a empresa vai completar o contingente.
“Em 3 de novembro [de 2023], levou 24 horas para retomar 60% do serviço dos interrompidos, e esse mesmo patamar foi atingido em 42 horas”, disse Tiago Veloso, diretor-presidente da Arsesp.
Participaram da reunião representantes das empresas Enel São Paulo, Neoenergia Elektro, EDP São Paulo, Energisa Sul-Sudeste, CPFL Piratininga, CPFL Paulista, CPFL Santa Cruz, CTEEP e Eletrobras Furnas.
Ao menos 698,8 mil clientes da Enel em São Paulo seguiam sem energia neste domingo, dois dias após o temporal que atingiu a Grande São Paulo na noite de sexta-feira (11) e deixou 2,1 milhões sem luz.