O homem de 26 anos acusado no assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson compareceu a um tribunal de Manhattan na quinta-feira para enfrentar novas acusações federais de perseguição e assassinato, que podem acarretar pena de morte se forem condenadas.
Luigi M. já está enfrentando acusações de assassinato estatal e terrorismo movida pelos promotores de Nova York, pela qual, se for condenado, poderá pegar prisão perpétua sem liberdade condicional.
Ele foi preso na Pensilvânia em 9 de dezembro, após uma caçada humana de cinco dias.
O suspeito foi extraditado para Nova York anteriormente sob forte escolta policial, supervisionada pelo prefeito Eric Adams.
Algemado pelos tornozelos, o acusado pouco falou durante o processo de 15 minutos no lotado tribunal federal, acenando com a cabeça ao ser informado de seus direitos e acusações, falando ocasionalmente ao microfone para dizer ao juiz que entendia.
‘Suspeito de ataque meticulosamente planejado’
Luigi M. foi preso na Pensilvânia após uma busca nacional pelo assassino do executivo de saúde, um caso que cativou a América.
No momento de sua prisão, os promotores disseram que ele carregava a arma usada para matar Thompson, um passaporte, identidades falsas e algum dinheiro.
Promotores federais alegam que Luigi M. meticulosamente planejou o ataque. A denúncia federal dizia que ele também tinha um caderno contendo páginas manuscritas expressando hostilidade contra o setor de seguros de saúde e executivos ricos.
A UnitedHealthcare, a maior seguradora de saúde dos EUA, disse que Luigi M. nunca foi um cliente.
Sua advogada de defesa em Nova York, Karen Friedman Agnifilo, disse que ele foi “cobrado demais” e prometeu contestar as acusações no tribunal.
‘Luigi nos libertou’
Fora do tribunal de Manhattan, um pequeno multidão de apoiadores estavam agitando cartazes que condenavam o setor de seguros de saúde.
Entre os cartazes, alguns diziam “A saúde acima da riqueza” e “Luigi nos libertou”.
O caso fascinou o público americano, pois o assassinato de Thompson gerou debate sobre as práticas de saúde nos EUA.
Expôs a raiva das pessoas em relação ao sector da saúde, num país onde cerca de 500 mil pessoas pedem falência pessoal todos os anos devido a dívidas médicas.
*Nota do editor: A DW segue o código de imprensa alemão, que sublinha a importância de proteger a privacidade de suspeitos de crimes ou vítimas e obriga-nos a abster-nos de revelar nomes completos em tais casos.
ss/lo (AP, AFP, Reuters)