Um estudo de 2019 feito pela Universidade de Newcastle, na Inglaterra, apontou que consumimos, em média, 5 gramas de plástico por semana. Seria como, semanalmente, triturar um cartão de crédito e polvilhar na comida como queijo ralado sobre o macarrão.
Ainda se sabe pouco sobre os efeitos do consumo desses microplásticos, mas, em geral, as notícias não são boas: há estudos que correlacionam esse material a doenças como câncer, problemas cardíacos e má-formação de fetos, além de estresse oxidativo, inflamações e problemas respiratórios.
Outro possível problema é que esses pequenos pedaços de plástico sirvam como meio de transporte para patógenos.
Usar soluções como a desenvolvida por Ferreira em escala massiva, portanto, seria uma garantia de redução no consumo desse tipo de detrito. Considerando que, de fato, esses resíduos causem problemas sérios de saúde, a consequência mais direta da retirada de microplástico das águas seria termos um ganho considerável em termos de saúde. E com reflexos tanto em qualidade de vida quanto em custo de saúde pública como um todo.
*Com matéria publicada em 12/10/2021