As explosões de raios gama geralmente acontecem após a explosão de estrelas massivas (que têm mais de 20 vezes a massa do Sol) ou da fusão de estrelas compactas.
Estes clarões, resultado das explosões mais potentes do universo, geram uma luminosidade colossal que pode emitir uma energia equivalente a mais de um trilhão de sóis.
Observar estes fenômenos cósmicos “é um pouco como voltar no tempo, já que sua luz demora muito tempo para chegar à Terra, bilhões de anos no caso das mais afastadas”, explicou Frédéric Daigne, do Instituto de Astrofísica de Paris e um dos principais especialistas em explosões de raios gama.
Ao viajar pelo espaço, esta luz também atravessa diferentes gases e galáxias, transportando rastros que incluem informações excepcionais sobre a história e a evolução do universo.
“São explosões cósmicas muito extremas que nos permitem compreender de melhor maneira a morte de algumas estrelas”, acrescentou Daigne.
Corrida contra o tempo
A explosão de raios gama mais distante identificada até hoje aconteceu apenas 630 milhões de anos após o Big Bang, ou seja, 5% da idade atual do Universo.