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Se você está sempre ansioso(a) em relação a novos modelos de smartphone, enquanto o seu aparelho ainda funciona bem, é bem provável que não esteja nem um pouco preocupado(a) com o consumo verde.
Se não separa o lixo reciclável, nem se preocupa com o consumo de água e de energia elétrica, um lembrete: o planeta está aquecendo muito mais rapidamente do que previsto pelos cientistas, e os fenômenos climáticos extremos são cada vez mais frequentes. Você também é responsável por este cenário.
Lembre-se, também, de que a maior parte das práticas recomendadas ao consumidor verde também contribui para que a renda familiar seja suficiente para bancar as despesas fundamentais.
Não comprar por impulso, além de contribuir para a preservação ambiental —pois economiza água, energia elétrica e insumos—, também é uma boa vacina contra o endividamento. E isso deve valer até para compras frequentes, como as de supermercado e da feira.
Fazer um bom orçamento doméstico é o ponto de partida para essa visão mais sustentável do consumo. Vincular as compras à necessidade e à renda, pode nos ajudar a não adquirir itens desnecessários ou que sejam esquecidos em gavetas e prateleiras.
Nas grandes cidades, em que há muitos condomínios residenciais, uma boa prática é recolher água da chuva para regar plantas, lavar o chão ou os carros. Usar lâmpadas com sensor de presença controla o uso da energia elétrica, assim como desligar o ‘stand-by’ (modo de espera) de aparelhos eletroeletrônicos.
Outro péssimo hábito é desperdiçar alimentos. Informe-se sobre receitas com talos, cascos, folhas e sementes. Sobras podem ser congeladas, e reutilizadas em outras receitas, como bolinhos e risotos.
Sugiro, também, uma boa e demorada visita aos armários, gavetas e cabides de sua casa. Antes de comprar uma roupa ou sapato novo, verifique se não há peças que possam ser reaproveitadas com um simples conserto. Ou, então, doe as roupas, calçados e acessórios que não use mais, tornando-os úteis para outras pessoas.
Enfim, há inúmeras práticas que contribuem para um consumo verde, com menos perdas, sem compras impulsivas e acúmulo de itens sem uso. O principal, contudo, é que você mude a forma como encara o consumo, entendendo que, literalmente, essa seja uma questão de vida ou morte.
Há medidas que dependem dos governantes e dos legisladores, como limitar a altura de novos prédios, construir praças, criar reservas ecológicas, fazer ciclovias, plantar árvores e usar pavimentação mais ecológica do que o velho asfalto.
Nesse caso, fique de olho na atuação dos políticos que ajudou a eleger. Se eles negarem o aquecimento global e atuarem para tornar as cidades mais repletas de asfalto e de concreto, escolha melhor nas próximas eleições.
Todos nós somos responsáveis por este planeta, até agora o único em condições de acolher a vida humana.
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